Brasília, 2 (Agência Brasil - ABr) - A disfunção sexual atinge cerca de 43% das mulheres na faixa etária de 18 e 59 anos, enquanto apenas 31% dos homens, na mesma faixa etária, passam por esse tipo de dificuldade. O vice-presidente da Confederação Médica Brasileira, o ginecologista Arnaldo Bernardino, explica, em entrevista à Radio Nacional AM, que as dores durante o ato sexual chegam a ser responsáveis por até 67% dos problemas sexuais femininos.
"As principais causas são a redução na lubrificação vaginal, que acontece com maior freqüência no período de amamentação e a falta de adequação sexual com o parceiro". Fatores psicológicos como ansiedade, depressão e a baixa-estima também podem ocasionar a perda da libido e dificuldade de excitação. "Na maioria dos casos, o que dificulta o tratamento é o preconceito da mulher e a vergonha de conversar com o ginecologista", afirma Bernardino.
Segundo ele, 95% dos casos de disfunção sexual feminina tem cura ou podem ser amenizados. "O primeiro passo e o mais importante é a mulher conversar francamente com o seu médico para descobrir a razão do problema. Existem várias tipos de tratamento que vão desde reposição hormonal a terapia de casais. O parceiro também tem papel fundamental na cura da doença", conclui o ginecologista.