Em audiência no Senado, Carvalho nega investigação paralela sobre tráfico de influência de Rosemary Noronha

18/06/2013 - 9h45

Carolina Gonçalves
Repórter da Agência Brasil

 

Brasília – O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, negou hoje (18) que o órgão tenha conduzido uma investigação paralela à sindicância da Casa Civil sobre denúncias de tráfico de influência por parte de Rosemary Noronha no período em que ela chefiava o escritório da Presidência da República em São Paulo.

Não teve qualquer divergência em relação à sindicância e não teria sentido qualquer iniciativa de atrapalhar ou fazer uma investigação paralela”, garantiu, durante audiência pública na Comissão do Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado.

Segundo Gilberto Carvalho, a sindicância foi considerada “exemplar” pela secretaria de Controle Interno da Presidência da República (Ciset) que apenas acompanhou o processo. “A coordenação de correição não atua apenas quando é convocada”, lembrou o ministro ao citar uma das respostas encaminhada a uma revista que questionava o órgão sobre a possível investigação paralela. Carvalho disse que a supervisão das sindicâncias é uma atribuição legal da Ciset.

Posso assegurar que a atuação da Ciset se restringiu às ações de acompanhamento de correição. Não fez levantamento ou inquiriu funcionários”, reiterou, respondendo que não sabe como as informações sobre a investigação chegaram à imprensa.

Gilberto Carvalho ainda lembrou parte da trajetória de Rosemary Noronha na Presidência da República, como o período em que trabalhou no cerimonial do Palácio do Planalto, e destacou que chegou a manter amizade com a ex-chefe do gabinete em São Paulo. “Nosso afastamento foi do ponto de vista pessoal”, reforçou, afastando qualquer possibilidade de as divergências serem resultado de questionamentos sobre a atuação da ex-funcionária.

O ministro disse que tem muito orgulho da Operação Porto Seguro, conduzida pela Polícia Federal sobre o caso, e garantiu que o governo mantém o princípio do "doa a quem doer". Segundo ele, desde o governo Lula, as investigações necessárias têm sido feitas sem importar quem esteja envolvido.

O ministro disse ainda que não sabe o porquê de Rosemary Noronha ter citado seu nome como testemunha nem o motivo de a Controladoria-Geral da União (CGU) tê-lo retirado do rol das testemunhas.

 

 

Edição: Lílian Beraldo

 

Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir o material é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil