Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O prefeito do Rio, Eduardo Paes, considerou legítima a manifestação dessa segunda-feira (17), no centro da capital fluminense, reunindo cerca de 100 mil manifestantes ao longo da Avenida Rio Branco, centro financeiro do Rio. De acordo com Paes, o movimento é legítimo e ele quer ouvir as pessoas que fizeram uma bela manifestação pacífica ao longo da Avenida Rio Branco.
Paes diz que não concorda com tudo que foi dito, mas que está atento às críticas que estão sendo feitas e que uma minoria formada por pessoas que não representam o movimento acabaram cometendo atos de vandalismo, que são condenados. "Eu confesso que presto muita atenção a quem passou pacificamente pela Avenida Rio Branco e não presto nenhuma atenção a quem faz vandalismo, entra na cidade para quebrar as coisas, para cometer qualquer tipo de delito".
O prefeito disse que quer abrir um canal de negociação com as lideranças do movimento. “Não é um movimento que tenha uma liderança claramente identificado, mas há pessoas que estão falando em nome dele e vamos conversar”, disse. "Primeiro, quando você abre o diálogo, você tem um canal que demanda diversas coisas. Obviamente que nem tudo a gente vai atender, mas o diálogo é importante, conversar é importante. E acho que nenhum governante pode, diante de tanta gente nas ruas, tanta gente demandando, falando, pedindo, ignorar esses fatos".
Paes disse, ainda, que o governante que não prestar atenção e não der ouvidos a um movimento desses, pode estar se enganando. Segundo ele, sempre vai ter no meio do protesto um partido político e uma pessoa que tem uma causa que é menos justa, mas a maioria absoluta das pessoas estava protestando contra coisas que acha errado e acho que compete aos governos pensar naquilo que está sendo dito. "Eu estou muito atento. Presto muita atenção naquelas pessoas que dizem com tranquilidade, com serenidade, com protestos pacíficos, aquilo que elas observam", disse.
Edição: Fábio Massalli
Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir o material é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil