Daniel Mello e Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – A manifestação contra o aumento das tarifas do transporte público em São Paulo segue pacífica na Avenida Paulista. Todas as faixas permanecem interditadas para o trânsito de veículos. Os ativistas, portando cartazes e bandeiras, caminham pelo local.
A manifestação na Avenida Paulista contrasta com a que ocorreu mais cedo em frente à prefeitura paulistana, onde um grupo de manifestantes tentou invadir a sede do governo. Segundo a prefeitura, um agente da Guarda Civil Metropolitana (GCM), que ficou ferido na tentativa de invasão do prédio, levou nove pontos na cabeça.
“Por volta das 20 h, quando a situação se tornou mais crítica, a Polícia Militar foi acionada. O chefe da assessoria militar da prefeitura acompanhou os eventos de dentro da sala de situação do gabinete do prefeito e foi orientado pelo secretariado, a pedir apoio da Polícia Militar”, disse a prefeitura em nota.
Algumas pessoas nas proximidades da prefeitura, no Anhangabaú, depredaram lojas, agências bancárias e entraram em confronto com a polícia. Bombas de gás lacrimogênio foram atiradas nos manifestantes pela polícia. Alguns ativistas atearam fogo em um carro de transmissão da Rede Record e saquearam lojas do local. Foram vistas pessoas carregando eletrodomésticos, como televisores de cristal líquido (LCD).
No momento não há mais aglomeração de manifestantes em frente à prefeitura. A maior parte dos ativistas deslocou-se para a região da Avenida Paulista, onde não há atos de violência e nem a presença da polícia. A Tropa de Choque da Polícia Militar, no momento, está na Praça da Sé.
A Rodovia Raposo Tavares, que liga a cidade de São Paulo ao interior, também foi bloqueada por manifestantes, segundo a concessionária Via Oeste. No momento, o tráfego está liberado.
A manifestação teve início pacificamente na Praça da Sé. Além da reivindicação principal, pela redução do preço do transporte, os ativistas erguem algumas faixas e cartazes contra os gastos excessivos com as obras da Copa do Mundo, pedindo mais recursos para a saúde e educação.
Edição: Fábio Massalli
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