Atualizada - Aumentam gastos de brasileiros em viagens internacionais, mostra BC

25/09/2012 - 14h05

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Os gastos de brasileiros no exterior chegaram, em agosto, a US$ 1,923 bilhão, maior do que o resultado de igual mês do ano passado (US$ 1,913 bilhão), informou hoje (25) o Banco Central (BC).

Segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, o aumento dos gastos em viagens internacionais, mesmo em momento de alta do dólar, ocorreu porque muitos pacotes de viagens já tinham sido comprados. Além disso, segundo ele, “oscilações mensais em termos de viagens internacionais são normais”.

Para Maciel, os gastos de brasileiros em viagens internacionais estão “andando de lado”. “[O montante] está relativamente estável. Não tem crescido de forma robusta como ocorreu no ano passado quando efetivamente se destacou na conta de serviços”, disse.

Nos oito meses do ano, os gastos de turistas brasileiros em viagens internacionais ficaram em US$ 14,635 bilhões, acima dos US$ 14,39 bilhões de janeiro a agosto de 2011.

Em agosto, as despesas de estrangeiros no Brasil chegaram a US$ 542 milhões, ante US$ 586 milhões do mesmo mês do ano. De janeiro a agosto, foram registrados US$ 4,559 bilhões, contra US$ 4,335 bilhões nos oito meses do ano passado.

Com esses resultados das despesas de brasileiros no exterior e das receitas de estrangeiro no Brasil, o déficit na conta de viagens internacionais ficou em US$ 10,076 bilhões, de janeiro a agosto. A projeção do BC para o resultado negativo este ano passou de US$ 13 bilhões para US$ 13,5 bilhões.

A conta de viagens internacionais é um dos itens que mais influenciam o resultado negativo da balança de serviços (viagens, transportes, aluguel de equipamentos e demais serviços). Outro item dessa conta é aluguel de equipamentos, que teve a estimativa de saldo negativo em 2012 mantida em US$ 19 bilhões. De janeiro a agosto, o saldo negativo dessa conta ficou em US$ 12,154 bilhões.

No caso de transportes, a estimativa também foi mantida, em US$ 8,5 bilhões, este ano. Nos oito meses do ano, o saldo negativo ficou em US$ 5,665 bilhões.

Edição: Juliana Andrade