Câmara debate Fronteiras do Ensino Profissional

10/11/2008 - 14h09

Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Especialistas dos continentes americano, europeu e asiático participam hoje (10), na Câmara dos Deputados, do 2º Seminário Internacional Fronteiras do Ensino Profissional. O evento pretende apresentar diferentes experiências na área de políticas educacionais, de forma a contribuir para a construção de soluções para a educação técnica de nível médio brasileira.O objetivo final do encontro é aprofundar as análises sobre os desafios da educação técnica no Brasil, a partir dos resultados positivos observados nas políticas educacionais de ensino médio diversificado de países como Finlândia, Alemanha, Estados Unidos, Áustria e Suíça. “A expansão da rede de ensino técnico e profissionalizante já abriu 23 mil cargos”, informou o coordenador geral de Planejamento e Gestão da Secretaria de Educação Técnica e Tecnológica do Ministério da Educação, Alexandre Vidor, que representou o ministro Fernando Haddad na abertura do seminário. “É uma oportunidade para conhecermos experiências bem-sucedidas em outras partes do mundo e compará-las às nossas experiências”, disse o coordenador do evento e presidente da Comissão de Educação e Cultura da Câmara, deputado João Mattos (PMDB-SC). Ele disse que, com o evento, pretende-se identificar tendências e áreas de articulação entre o ensino médio e a educação superior, além de formas de garantir sintonia entre a educação profissional e as demandas do mundo do trabalho, dentro de uma perspectiva de inclusão social.Diretor de Administração do Conselho Nacional de Educação da Finlândia, Kari Pitkanen falou sobre o tema A Nova Escola Secundária Finlandesa e suas Mudanças na Educação Técnica-Vocacional. Entre 2006 e 2008, Pitkanen liderou a equipe responsável pelo projeto da União Européia para a Bósnia Herzegovina, na tentativa de recuperar o sistema de educação do país. O treinamento vocacional na Áustria e na Suíça alemã foi apresentado, em seguida, pelo pesquisador da Faculdade de Educação da Universidade de Siegen (Alemanha), Rolf Seubert.O diretor do Programa Internacional de Doutorado em Educação (Inedd), Bernhard Fichtner, fala à tarde sobre o quadro de referência do Tratado de Bolonha – assinado em 1999 por 29 ministros de Educação de países europeus, visando à implantação do Espaço Europeu de Ensino Superior. As carreiras acadêmicas dos Estados Unidos serão apresentadas por dois especialistas: David Holmes, chefe de uma organização que ajuda jovens com deficiência de aprendizagem a continuarem os estudos e ingressarem no ensino superior, e Lonnie Barber, superintendente-geral das escolas de Idaho. O Brasil estará representado pela chefe do Centro Técnico-Pedagógico da Diretoria de Educação Profissional do Departamento Nacional do Sistema Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Sesc-Senac), Maria Helena Barreto – que falará, à tarde, sobre a educação profissional na perspectiva de uma educação continuada – e pelo consultor Cândido Alberto Gomes, que ministrará a palestra Síntese e Lições da Experiência Internacional, abordando as discussões e palestras realizadas ao longo do dia. O Seminário é uma realização da Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados, em parceria com o Sesc-Senac. Tem como público-alvo parlamentares, gestores públicos estaduais e municipais, dirigentes de instituições de ensino, especialistas em educação, educadores e estudantes de pedagogia e de disciplinas afins.