Daniel Lima*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Diário Oficial da União publicou hoje (2) a exoneração de Humberto Barreto Alencar do cargo em comissão de chefe da Assessoria Técnica e Administrativa do gabinete do ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele e outro funcionário, Marcelo Fiche, são investigados pela Polícia Federal suspeitos de receber propina em dinheiro vivo da empresa Partnersnet, contratada para prestar assessoria de imprensa ao ministério. A outra portaria não foi publicada porque Fiche está de férias.
Em nota oficial emitida na última sexta-feira (29), Fiche informou que pediu ao ministro para sair do cargo assim que voltasse das férias para dedicar-se à sua defesa. O afastamento, segundo ele, contribuirá para a tranquilidade e a rapidez das investigações. O assessor ressaltou que a licitação para a escolha da empresa ocorreu dentro da legalidade e gerou economia aos cofres públicos por causa do método do pregão eletrônico, que oferece menor preço, em vez dos critérios que misturam técnica e preço.
Há duas semanas, a revista Época publicou que Fiche e Alencar teriam recebido R$ 60 mil em dinheiro vivo da Partnersnet. Na véspera da publicação da reportagem, Mantega enviou ofício ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, pedindo a investigação, pela Polícia Federal, do contrato entre a empresa e o Ministério da Fazenda.
De acordo com a revista, uma ex-funcionária da Partnersnet denunciou o superfaturamento do contrato entre a empresa de assessoria de imprensa e o ministério. Responsável pela fiscalização do contrato, Alencar, segundo a publicação, assinava prestações de contas com funcionários fantasmas e excesso de horas trabalhadas para justificar o valor a mais pago pelo ministério. Segundo a ex-funcionária, Alencar e Fiche recebiam parte da diferença.
*Colaborou Wellton Máximo
Edição: Graça Adjuto
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