Pedro Peduzzi e Danilo Macedo
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - A presidenta da Petrobras, Graças Foster, informou que o grupo vencedor do primeiro contrato para partilha e exploração do pré-sal – formado por Petrobras (40%), Shell (20%), Total (20%), CNPC (10%) e Cnooc (10%) – já está concluindo o modelo de governança que definirá como as empresas vão trabalhar. Os detalhes do modelo deverão ser divulgados até o dia 18 deste mês.
“[O grupo atuará] em bases realistas, fundamentadas em metas e indicadores” na exploração do Campo de Libra, disse Foster.
“Projeto dessa envergadura requer transparência e eficácia”, acrescentou a presidente da Petrobras durante a cerimônia de assinatura do primeiro contrato de partilha da área do pré-sal com as empresas vencedoras do leilão para a exploração da área de Libra, na Bacia de Santos, ocorrido em outubro.
“Tenho imensa satisfação e orgulho por, após tantas discussões,ter encontrado empresas tão importantes para a formação desse consórcio, que traduz segurança para o investimento desse grande projeto”, acrescentou Graça Foster.
Segundo ela, “[há] vários projetos em atividade. Por isso, certamente a base de trabalho terá de ser realista, fundamentada em metas e indicadores, com governança especifica. A responsabilidade da Petrobras como operadora é muito grande. [Digo] em nome de todas empresas, [que estamos] felizes e orgulhosos, mas sabemos que um projeto dessa envergadura requer transparência e eficácia”, completou.
O critério que definiu o primeiro colocado na licitação foi o excedente em óleo oferecido pelo consórcio, que ficou em 41,65%. A Petrobras entrou com 10% na oferta vencedora, além da sua participação mínima de 30%. Os investimentos virão das empresas vencedoras do leilão, e não do Estado.
Sobre o modelo de governança a ser adotado, a diretora geral da Agência Nacional de Petróleo, Magda Chambriard, disse ser “fundamental que haja bom relacionamento entre os parceiros, boa forma de atuação, com respeito mútuo. Isso já existe, por envolver empresas altamente profissionais, altamente qualificadas e que gozam de respeito técnico internacional”, disse.
De acordo com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Nacional e Biocombustíveis (ANP), Libra poderá gerar cerca de R$ 300 bilhões em royalties ao longo de 30 anos de produção. Deste total, 75% serão aplicados na educação e 25% na saúde. O consórcio vencedor pagará, ainda, bônus de assinatura de R$ 15 bilhões à União. Esta será a primeira experiência do Brasil no regime de partilha da produção.
Com cerca de 1,5 mil quilômetros quadrados, Libra está localizado na Bacia de Santos, a cerca de 170 quilômetros do litoral do estado do Rio de Janeiro.
Edição: José Romildo
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