Da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Subiu para 25 o número de pessoas presas durante a Operação Netuno, da Polícia Civil, no complexo de favelas da Maré, zona norte da cidade. Entre os detidos estão cinco pessoas que já tinham mandados de prisão expedidos. A Justiça do estado expediu 51 mandados de prisão.
Os 240 policiais que participam da ação encontraram um corpo em estado de decomposição em uma vala do Complexo da Maré e fecharam um imóvel onde drogas eram preparadas. Eles ainda apreenderam drogas, munições, armas, acessórios que transformam pistolas em submetralhadoras e recuperaram um carro roubado. A operação continua ao longo do dia.
Entre os mandados de prisão a serem cumpridos, dois são para suspeitos do Espírito Santo. O subsecretário de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do estado (Seseg), Fabio Galvão, informou que não havia ligação entre as facções do Complexo da Maré e do Espírito Santo. Segundo o subsecretário, os traficantes que atuavam no Espírito Santo viajavam ao Rio para buscar drogas e revender.
“Essas quadrilhas são bem estruturadas. É um fator sensível para a secretaria, causa um transtorno muito grande para a comunidade. Então, a gente fez um trabalho de inteligência para desestruturar o tráfico local”, disse o subsecretário.
O subchefe operacional da Polícia Civil, Fernando Veloso, informou que os moradores das comunidades do Complexo da Maré estão auxiliando a polícia com denúncias por telefone. “Se esse trabalho [a operação] vai ou não facilitar a implantação da UPP [Unidade de Polícia Pacificadora] é uma decisão que está em outra esfera de Poder. Estamos recebendo uma série de informações, de denúncias, de pessoas que estão ligando para o disque-denúncia”, ressaltou.
O objetivo da operação Netuno é desarticular duas quadrilhas que atuavam nas comunidades e vendiam drogas e armas para criminosos do Espírito Santo. O Complexo da Maré tem 16 comunidades e o foco da ação policial é na favela Nova Holanda.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, as investigações da polícia duraram seis meses e apontaram que, com a morte do chefe do tráfico do Complexo da Maré, Márcio José Sabino Pereira, conhecido como Matemático, outro criminoso assumiu o controle de vendas de armas e drogas na comunidade.
Edição: Marcos Chagas
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