Cristina Indio do Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Complexo da Maré, na zona norte, pode receber até quatro unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). A análise está sendo feita pela Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro. Segundo secretário José Mariano Beltrame, o complexo tem facções criminosas definidas geograficamente e isso seria um motivo para a decisão.
“A Maré não é trivial. Nada é trivial. A questão da segurança no Rio não é trivial. Nós vamos dividir a Maré em três, talvez até em quatro, porque nós temos ali todas as facções criminosas muito bem divididas geograficamente. Isto ainda está em estudo, se vai ser em três ou em quatro momentos”, disse.
Hoje (14), a Polícia Civil desencadeou no Complexo da Maré a Operação Netuno para desarticular duas quadrilhas que vendiam drogas e armas para criminosos do Espírito Santo. Na ação, 25 pessoas foram presas.
O secretário voltou a defender o Programa de Polícia Pacificadora. Segundo ele, apesar das ações de traficantes em locais que já receberam UPPs, a determinação do governo é manter as unidades, que podem chegar a 40 com a inauguração das que estão previstas para o Complexo da Maré. “Esse projeto não vai acabar e nós não vamos sair das comunidades”, frisou Beltrame depois de uma reunião com o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, para definir ações de segurança na cidade da região metropolitana do Rio.
Segundo a Secretaria de Segurança, foram apresentadas no encontro propostas de implantação de duas companhias destacadas de Policiamento Ostensivo, em esquema semelhante ao que foi adotado na comunidade da Mangueirinha, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Em Niterói, uma das companhias ficaria no Morro do Estado, no centro do município. A localização da segunda depende de um estudo do serviço de inteligência da Polícia Militar. Foi proposto que a prefeitura ceda à secretaria três prédios, um deles para a instalação da nova Delegacia de Homicídios de Niterói e de São Gonçalo.
Edição: Marcos Chagas
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