Da Agência Lusa
Moscou - A Rússia acusou formalmente de pirataria os 30 membros e colaboradores do Greenpeace, a maioria formada por estrangeiros, envolvidos em uma ação de protesto contra a exploração petrolífera no Ártico, anunciaram hoje (3) as autoridades do país.
“Os 30 suspeitos do inquérito de investigação sobre o ataque na plataforma Prirazlomnaia [da Gazprom] foram acusados”, indicou a comissão de inquérito sobre o caso, em um comunicado. Os membros e os colaboradores da organização não governamental (ONG) podem cumprir pena de até 15 anos de prisão.
“Os acusados não reconhecem sua culpabilidade e se recusam neste momento a prestar depoimento”, informou o comunicado.
No fim de semana passado, um tribunal da cidade de Murmansk (Noroeste da Rússia) ordenou a prisão preventiva por dois meses de toda a tripulação do navio do Greenpeace, o Artic Sunrise.
Os primeiros 14 ativistas foram acusados formalmente de pirataria ontem (2). Os restantes foram indiciados hoje. A Justiça russa acusa a tripulação do Artic Sunrise, originários de 19 países, de tentar apreender propriedade com o uso da força.
No dia 18 de setembro, os ativistas tentaram escalar uma plataforma do grupo Gazprom, no Mar de Barents. Os militantes foram impedidos pelos guardas-costeiros russos, que dispararam tiros de aviso com armas automáticas, de acordo com a ONG. O navio Artic Sunrise foi apreendido por comandos da Guarda Costeira russa e rebocado até Murmansk. Entre os acusados estão dois jornalistas freelancers – britânico e outro russo, que estavam no navio registrando imagens (vídeo e fotos).