Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A universalização dos serviços de telefonia celular (voz e dados) na área rural do estado será intensificada pelo governo fluminense. “Será feita uma parceria com o Ministério das Comunicações, mas nós já estamos antecipando a nossa parte”, disse hoje (30) à Agência Brasil o secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo.
Os investimentos estaduais alcançam US$ 12 milhões, metade resultante de convênio de US$ 100 milhões, assinado com o Banco Mundial (Bird). Os US$ 6 milhões restantes virão de parcerias que estão sendo fechadas, declarou ainda o secretário.
Áureo anunciou que o governo fluminense vai comprar as repetidoras para levar o serviço ao campo. “Ou seja, enquanto a rede oficial das operadoras não avança em direção ao interior, que são distritos e vilas, nós vamos comprar equipamentos que vão reproduzir esse sinal”.
O projeto Vozes da Produção se insere no Programa de Desenvolvimento Rural Sustentável em Microbacias Hidrográficas do Estado do Rio de Janeiro. A licitação para a aquisição dos equipamentos, segundo o secretário, saiu este mês.
O projeto é voltado para os produtores e vai atender a cerca de 350 microbacias e as localidades nelas contidas. ”Nós queremos atingir esse objetivo de duas maneiras: com investimentos próprios e fazendo com que as operadoras cumpram o compromisso com o Ministério das Comunicações, que é fazer a extensão para universalizar”. Para atingir os 100% do serviço de telefonia celular, as operadoras devem entregar 30% dessa meta até julho de 2014, mais 30% até dezembro daquele ano e os restantes, 40%, até julho de 2015.
“Considerando que nós vamos iniciar um investimento da nossa parte, a gente espera que as operadoras cumpram a parte delas e vão, paralelamente, levando [os serviços]”. A ideia é começar os trabalhos ainda em 2013, envolvendo cinco microbacias até dezembro, com algumas áreas ainda experimentais.
O projeto será intensificado em 2014, disse o secretário. Ele espera que as operadoras aumentem a abrangência dos serviços. Esclareceu que o projeto do governo fluminense atua como amplificador do sinal. “Se o sinal está bom, a gente torna ele melhor. Se o sinal não existe, a gente coloca pelo menos o básico, o fundamental”, declarou.
Edição: Aécio Amado
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