Carolina Sarres*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid Al Moualem, disse hoje (30), em pronunciamento na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), que não há uma guerra civil na Síria, há uma guerra contra o terror. De acordo com ele, a comunidade internacional tem de agir, em relação ao país, segundo resoluções sobre terrorismo.
Na última sexta-feira (27), o Conselho de Segurança da ONU aprovou resolução para a destruição das armas químicas do país. A crise na Síria foi deflagrada nos últimos meses depois de comprovado o uso de armas químicas, no contexto do conflito entre forças do governo do presidente Bashar Al Assad e da oposição, liderada pelo Exército Livre Sírio.
"Não há guerra civil na Síria, mas é uma guerra contra o terror, que não reconhece nenhum valor, nem justiça, nem igualdade, e ignora quaisquer direitos ou leis", disse Walid Al Moualem. Ele pediu medidas contra os países que financiam, treinam e dão refúgio a terroristas em seus territórios.
Segundo o ministro sírio, os responsáveis pelo terrorismo são ramificações da Al Qaeda, como a Jabhat Al Nusrah, do Estado Islâmico do Iraque e da Brigada do Islã na Síria.
Moualem se comprometeu a cumprir as obrigações previstas na Convenção para a Proibição de Armas Químicas à qual a Síria aderiu recentemente. Ele insistiu para que a crise no país seja solucionada por meios políticos e deu ênfase à Conferência de Paz de Genebra 2, prevista para novembro.
Na sexta, o governo sírio se manifestou sobre resolução e disse que o documento não faz justiça às vítimas do conflito. Estima-se que, desde o início, em março de 2011, o conflito tenha resultado em mais de 100 mil mortos, 2 milhões de refugiados e 4 milhões de deslocados internos.
"Agora é para aqueles que dizem apoiar uma solução política na Síria interrompam todas as práticas e as políticas hostis contra a Síria, e ir sem condições prévias para Genebra", disse ele. Moualem sugeriu a criação de uma zona livre de armas de destruição em massa no Oriente Médio, como a Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul.
*Com informações da ONU
Edição: Beto Coura
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