Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Juizado Supremo de Instrução do Peru (Suprema Corte) decidirá nos próximos dias se o ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000), de 75 anos, tem direito à prisão domiciliar, como solicitou sua defesa. Em junho, a defesa e a família do ex-presidente apelaram ao governo para a concessão de anistia, mas o pedido foi rejeitado. Fujimori foi condenado a 25 anos de prisão por violações aos direitos humanos.
No período em que cumpre a pena, o ex-presidente foi diagnosticado com câncer na boca e vários problemas de saúde, como hipertensão e depressão. Os parentes e simpatizantes do ex-presidente argumentaram que ele precisa de cuidados especiais. Há três meses, o presidente do Peru, Ollanta Humala, negou o pedido de anistia a Fujimori com base nos argumentos apresentados pela Comissão de Graças Presidenciais, órgão que analisou o caso.
Humala alegou que Fujimori tem uma doença terminal e não degenerativa, assim como não sofre de transtornos mentais. A Comissão de Graças Presidenciais ressaltou que o ex-presidente está em condições carcerárias corretas.
A Suprema Corte do Peru informou, em comunicado, que a análise sobre o pedido de prisão domiciliar de Fujimori segue a tramitação normal. Não há definição sobre a data da decisão. Até lá, o ex-presidente continua preso em uma penitenciária nos arredores de Lima (a capital peruana).
*Com informações da agência pública de notícias do Peru, Andina
Edição: Graça Adjuto