Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A presidenta Dilma Rousseff viaja hoje (2) para São Petersburgo, na Rússia, onde participará da 8ª Cúpula do G20, grupo de países que reúne as maiores economias mundias. Quinta e sexta-feira próximas (5 e 6), Dilma terá reuniões também com os chefes de Estado e de Governo do Brics, bloco que, além do Brasil, é formado pela Rússia, Índia e China. Os temas em pauta são economia global e estabilidade financeira, medidas para estimular o crescimento sustentável e equilibrado, cooperação tributária e incentivos para a geração de emprego e reformas estruturais, além de energia, desenvolvimento inclusivo e combate à corrupção.
De acordo com assessores da presidenta, entre os temas incluídos no debate estão recentes denúncias de espionagem, por agências norte-americanas, inclusive envolvendo a invasão de dados particulares de Dilma e assessores. Na cúpula, ela deverá se encontrar com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de quem o governo brasileiro cobrou explicações sobre as denúncias.
A previsão é que Dilma desembarque amanhã (3) por volta das 18h, no Aeroporto Internacional de São Petersburgo. Na quarta-feira (4), a presidenta tem agenda privada. Para a quinta-feira, estão previstas reuniões com o presidente da China, Xí Jinping, e com os chefes de Governo do Brics, além de um jantar oferecido pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin.
Na sexta-feira, ela participará do encontro dos líderes do G20 com empresários, executivos e sindicalistas dos mesmos países, o chamado B20 (Business Twenty). A ideia é promover o crescimento global, por meio de investimentos e melhoria da infraestrutura, do restabelecimento da confiança no sistema financeiro, do comércio como motor de crescimento, da inovação e do desenvolvimento como prioridade global, e estimular a criação de postos de trabalho e emprego e investimento com transparência e combate à corrupção.
A Rússia está no comando do G20 até o ano que vem, quando entregará a presidência para a Austrália. O bloco, que engloba os países industrializados e as economias emergentes, reúne 90% do Produto Bruto Global e 80% do comércio mundial e dois terços da população do planeta.
Ao final da cúpula, os líderes políticos deverão assinar o chamado Plano de São Petersburgo, que é a declaração final, que servirá como base para os acordos do G20, definindo regulações financeiras a curto prazo e medidas para dar mais fôlego à economia mundial. O texto deverá incluir compromissos firmados pelo G20, já consagrados em reuniões multilaterais, e estímulos para a geração de emprego, informam autoridades russas. Para que os compromissos sejam incluídos na declaração, é preciso haver consenso de todos os participantes.
*Colaborou Daniella Almeida, da NBR
Edição: Nádia Franco
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