Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O Comitê Olímpico Internacional (COI) considera fundamental para o sucesso dos Jogos de 2016 a existência da Autoridade Pública Olímpica (APO), disse hoje (2) o diretor executivo dos Jogos de 2016, Gilbert Felli, em entrevista coletiva. Mais cedo, o prefeito Eduardo Paes disse que a Autoridade Pública Olímpica, consórcio público formado pela União, pelo Estado e pelo município do Rio de Janeiro, não era essencial para a realização das Olimpíadas na capital fluminense.
Felli disse que o apoio da Autoridade Pública Olímpica é essencial e que os Jogos não poderão ser organizados sem o apoio dela. "O principal é a organização e a integração entre os diferentes níveis de autoridades no país, não só quanto à infraestrutura, mas em muitos outros aspectos, como alfândega, imigração e taxas. Precisamos ter uma autoridade que concentre toda essa informação para a preparação dos Jogos”, ressaltou.
A presidenta da Comissão de Coordenação do COI, a marroquina Nawal El Moutawael, fez um balanço positivo dos preparativos do Rio de Janeiro para as Olimpíadas, apesar de reconhecer que alguns prazos estão apertados. Esta foi a quinta visita da comissão ao Rio. A próxima inspeção será em março de 2014 – a última foi em fevereiro deste ano. “Vinte e nove semanas depois da última visita, conseguimos ver progresso em diversas áreas e uma boa compreensão dos organizadores e de seus parceiros governamentais sobre as áreas que eles precisam ter prioridade”, destacou Nawall.
Para ela, apesar do balanço positivo, é preciso prestar muita atenção aos prazos. “O importante é que tem havido algum progresso, mas os prazos são muito importantes para nós. Na próxima semana, nove federações internacionais estarão reunidas aqui para visitar os locais de competição. Eles querem saber se existem instalações esportivas, ou não. Precisamos ter os prazos estabelecidos o mais rápido possível”, disse a presidenta da Comissão de Coordenação do COI.
Ela elogiou a decisão do governo do estado de não mais demolir o Parque Aquático Julio de Lamare e o Estádio de Atletismo Célio de Barros. Já o diretor executivo dos Jogos de 2016 chamou a atenção para o ritmo das obras do metrô, porque, segundo ele, mesmo estando dentro do prazo, há necessidade de um plano B, para o caso de ocorrer algo que impeça o governo de entregar o serviço até as Olimpíadas.
Edição: Nádia Franco
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