Cristina Indio do Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os moradores da Estrada do Mendanha, em Campo Grande, zona oeste do Rio, que perderam as suas casas por causa do rompimento da adutora da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), no início da manhã de hoje (30), vão receber do governo do estado novas moradias. O anúncio foi feito pelo governador Sérgio Cabral. Ele não sabe ainda quando as casas serão entregues. “O mais breve possível. Tenho dado esta orientação, se eles não quiserem que se reconstrua ali e se compre em outro lugar seja na zona oeste, nós compraremos. A escolha é deles”, disse.
O governador informou que se encontrou hoje com Rebeca e Fernando, os pais de menina Isabela Severo da Silva, morta em consequência do acidente, e prometeu que o governo do estado dará todo apoio. De acordo com Cabral, o casal é separado e a menina vivia com a mãe, que vai morar temporariamente com a irmã gêmea.
“Os dois estavam juntos ali em uma atitude muito bonita. Ela em uma dignidade e sensibilidade, que só nos emociona mais. Nós colocamos tudo à disposição. O estado vai comprar uma casa não só para ela, mas para todas as pessoas que perderam as moradias e repor as perdas. A Cedae é uma companhia que pertence ao governo do estado, portanto, é uma responsabilidade nossa. Já pedi ao defensor-geral que se colocasse à disposição pela defensoria. As perdas materiais o estado repõe, mas a perda de uma criança de 3 para 4 anos, não há dor maior de um pai e de uma mãe enterrar um filho”, disse.
Segundo Sérgio Cabral, a causa do rompimento da adutora vai ser apontada por trabalhos de perícia, tanto do governo, como de empresas contratadas, além da polícia. “Ainda não temos a identificação da causa do problema. Estamos com perícia interna da Cedae, perícias externas independentes, que serão contratadas, e a perícia da polícia. Temos várias hipóteses, e isso vai ser tratado com muito rigor”, explicou.
O governador falou sobre o assunto, após participar da inauguração do Instituto Estadual do Cérebro, ao lado do ministro da Saúde, Alexandre Padilha e do secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes.
Edição: Aécio Amado
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