Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Em meio à expectativa em relação à próxima reunião do Federal Reserve (Fed), Banco Central dos Estados Unidos, o dólar fechou no maior nível em 20 dias. O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (29) vendido a R$ 2,2702, com alta de 0,64%. O valor é o mais alto desde 10 de julho, quando a moeda norte-americana encerrou em R$ 2,2729.
No mês, o dólar subiu 1,72%. Em 2013, a cotação acumula alta de 10,85%. O governo tem tomado várias medidas para conter a valorização da moeda norte-americana. Além das vendas de dólares no mercado futuro, o BC retirou parte do compulsório sobre as apostas de que o dólar vai cair e eliminou restrições de prazos para que os exportadores financiem antecipações de pagamentos.
A equipe econômica também retirou barreira à entrada de capitais estrangeiros no país. O Ministério da Fazenda zerou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para os estrangeiros que aplicam em renda fixa no Brasil. Desde outubro de 2010, a alíquota em vigor era 6%. A venda de moeda estrangeira no mercado futuro também ficou isenta de IOF.
Desde o fim de maio, o mercado financeiro global enfrenta turbulências por causa da perspectiva de que o Federal Reserve (Fed), Banco Central norte-americano, reduza os estímulos monetários para a maior economia do planeta. Ele poderá aumentar os juros e diminuir as injeções de dólares na economia global caso o emprego e a produção nos Estados Unidos mantenham o ritmo de crescimento e afastem os sinais da crise econômica iniciada há cinco anos.
A instabilidade piorou depois de Ben Bernanke, presidente do Fed, ter declarado, em 19 de junho, que a instituição pode diminuir a compra de ativos até o fim do ano, caso a economia dos Estados Unidos continue a se recuperar. Se a ajuda diminuir, o volume de moeda norte-americana em circulação cai, aumentando o preço do dólar em todo o mundo.
A reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed ocorrerá nesta semana, amanhã (30) e quarta-feira (31). O encontro indicará se o Banco Central norte-americano pretende acelerar a retirada dos estímulos monetários ou se começará a agir somente perto do fim do ano.
Edição: Fábio Massalli
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