Vinícius Lisboa e Paulo Virgilio
Repórteres da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O papa Francisco cruzou novamente a Avenida Atlântica, no fim da tarde desta sexta-feira (26), em meio a uma multidão de fiéis que acenavam para ele e tentavam, de várias maneiras, chamar sua atenção. Muitos jogaram bandeiras dentro do papamóvel e entregaram presentes aos seguranças que acompanhavam o pontífice.
Em um dos pontos altos da passagem pela praia, o papa abençoou uma imagem de São Francisco de Assis na Avenida Atlântica, e pôs uma pomba branca, também esculpida, na mão da imagem. Francisco também abençoou uma imagem pequena de Nossa Senhora de Luján, padroeira da Argentina.
Antes de deixar o Forte de Copacabana, onde começou o percurso pela orla, feito no papamóvel, o santo padre começou a cumprimentar os que o esperavam na base militar. No calçadão, muitos jovens correram para acompanhar o papamóvel ao longo do percurso de três quilômetros.
No meio dos fiéis, bandeiras de diferentes países e da maioria dos estados brasileiros, de organizações católicas e até de clubes de futebol coloriram o caminho do papa Francisco, que passou também pelas estações da Via Sacra, montadas entre a Rua Paula Freitas e o Hotel Windsor. Em uma delas, que terá participação de cadeirantes na encenação, o papa desceu novamente do papamóvel para cumprimentá-los. Como já virou costume na Jornada Mundial da Juventude, o papa beijou várias crianças pequenas e bebês.
Apesar dos transtornos dos últimos dias, que devem durar até domingo (28), muitos moradores de Copacabana esperaram a passagem do papa na janela de seus apartamentos, com bandeiras. Ao menos quatro hotéis usaram luzes para desenhar cruzes em suas fachadas. No Leme, no entanto, perto do palco, um morador pôs uma faixa que dizia: "Brasil, Estado laico".
Mais cedo, no Palácio São Joaquim, sede da Arquidiocese do Rio de Janeiro, no bairro da Glória, o pontífice recebeu de presente uma imagem de São Francisco de Assis feita pelo artista plástico mineiro Hélio Petrus. A imagem foi entregue ao papa pelo presidente da Embratur, Flávio Dino. Com o presente, explicou Dino, a Embratur quis divulgar a cultura brasileira e homenagear os artistas sacros do país.
“O turismo religioso é um importante nicho do segmento de turismo cultural no Brasil. Além dos incontáveis roteiros religiosos, como Aparecida, no estado de São Paulo, e o Círio de Nazaré, no Pará, existem muitas obras sacras e igrejas que atraem o público estrangeiro”, disse ele.
Hélio Petrus, de 70 anos, foi seminarista e produz esculturas em estilo barroco inspiradas nas obras de Aleijadinho e de outros artistas do século 18. Suas peças, entalhadas em cedro rosa, têm cores suaves e a pátina em diversas tonalidades, além da policromia folheada a ouro. Ele tem obras espalhadas pela Europa, Estados Unidos e Ásia.
Edição: Nádia Franco
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