Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo- Em sua terceira reunião, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Coletivo da Câmara Municipal, tomou hoje (26) o primeiro depoimento nos trabalhos que têm o objetivo de esclarecer a composição dos preços das tarifas do transporte público em São Paulo. Na sessão que começou, no final da manhã, o diretor de gestão econômico-financeira da SPTrans, Adauto Farias, explicou aos vereadores que o valor pago pela prefeitura a título de subsídios cresceu por causa dos benefícios sociais.
“Essa política é boa para a cidade, mas tem um custo”, disse. Farias ressaltou que o bilhete integração, que dá direito aos usuários circular pela cidade de ônibus e depois completar o trajeto em trens do metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTU), junto com a gratuidade concedida aos idosos e a meia-tarifa aos estudantes, implicaram na diminuição da arrecadação.
Diante disso, segundo o dirigente, a prefeitura teve de elevar os repasses para conter o desequilíbrio financeiro dos prestadores de serviços no transporte público de massa. De acordo com a SPTrans, ao longo de 2012, o volume de dinheiro repassado ao setor atingiu R$ 953 milhões.
Um dos membros da CPI, o vereador Milton Leite (DEM), queixou-se da falta de tempo hábil para avaliar o grande volume de informações contidas nos documentos das planilhas de custos entregue aos parlamentares.
A CPI, presidida pelo vereador Paulo Fiorilo (PT), tem prazo de 120 dias para a conclusão dos trabalhos e, pela programação vai ouvir, no próximo mês, os diretores da CPTM, da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) e do Metrô.
Edição: Aécio Amado
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