Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – A exposição O Fazendeiro do Ar, que mostra os mais diversos aspectos da vida e da obra do escritor Rubem Braga, pode ser vista até 2 de setembro, no Museu da Língua Portuguesa, na capital paulista. Aberta no mês passado, a mostra faz parte das comemorações do centenário de Braga, cujas crônicas tratam de detalhes, cenas cotidianas e consensos da humanidade, todas em linguagem, ao mesmo, tempo rica e coloquial
O acervo inclui textos, documentos, correspondências, desenhos, pinturas, fotografias, objetos, depoimentos em vídeos e publicações do escritor, nascido no dia 12 de janeiro de 1913 em Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo. Há também vídeos com depoimentos de amigos próximos, que conviveram com o escritor, como o cartunista Ziraldo, os jornalistas Zuenir Ventura e Danuza Leão, a escritora Ana Maria Machado e a atriz Fernanda Montenegro, entre outros.
A exposição está dividida em módulos temáticos como retratos, redação, guerra, passarinhos e cobertura – Braga foi correspondente de guerra, amava pássaros e vivia em uma cobertura em um apartamento de cobertura em Ipanema. Todo o material da exposição foi cedido pela família do escritor e os documentos e fotografias são os que já haviam sido doados à Fundação Casa de Rui Barbosa.
A abordagem dos temas vai desde a infância do autor em Cachoeiro de Itapemirim, passa pelo dia a dia em jornais como redator, repórter político e também de artes plásticas, sua ação como correspondente de guerra na Itália, sua paixão por passarinhos e sua cobertura no Rio de Janeiro. Em cada espaço, o espectador poderá sentir no universo ali retratado, devido à forma como foi feita a concepção visual.
Depois de São Paulo, a exposição irá para o Rio de Janeiro, onde ficará no prédio da extinta Rede Manchete. Posteriormente, ficará permanentemente na casa da família Braga, em Cachoeiro do Itapemirim.
A entrada para a mostra é gratuita aos sábados. De terça a sexta e aos domingos, os ingressos custam até R$ 6. Na próxima terça-feira (9), feriado da Revolução Constitucionalista de 1932, a entrada, excepcionalmente, também será gratuita.
Edição: Nádia Franco
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