Demanda residencial puxa consumo nacional de energia em maio

01/07/2013 - 18h20

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O consumo de energia residencial, com alta de 7,4%, puxado pelo crescimento de 9,5% na Região Nordeste, levou o consumo nacional de energia elétrica a atingir, em maio, 38.354 gigawatts-hora (GWh). Na comparação com igual mês do ano passado, houve aumento de 4,2% no consumo nacional.

Os dados constam da Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica, divulgada hoje (1º) pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia.

O consumo industrial, que não apresentava variação positiva da demanda desde maio de 2012 (0,1%), mostrou incremento de 1,9% em relação ao observado no mesmo mês do ano passado. As indústrias consumiram 15.557 GWh de energia no mês de maio de 2013. Segundo a EPE, esse é o maior valor desde março de 2012, quando houve avanço 2,6%, e evidencia uma recuperação do patamar de consumo do setor.

Embora a quantidade de energia demandada pelas indústrias em maio tenha superado em 2,1% a média de consumo mensal dos últimos 12 meses e em 1% a média de consumo mensal dos 12 meses encerrados em maio, a EPE diz que não se pode afirmar ainda que a produção das indústrias brasileiras tenha entrado em uma rota de recuperação sustentada.

“É sintomático que os índices de confiança da indústria, apurados pela Confederação Nacional da Indústria [CNI] e pela Fundação Getulio Vargas [FGV], ainda não demonstrem firme trajetória ascendente”, salienta o documento.

O segmento de comércio e serviços apresentou expansão de 6,4% na demanda por eletricidade em maio ante igual mês de 2012, acumulando aumento de 5,5% no ano. Embora o resultado sinalize uma leve desaceleração na tendência de crescimento do consumo do setor, a EPE avaliou que a dinâmica segue forte.

De acordo com a empresa, a desaceleração acompanha a queda de 6,2% do Índice de Intenção de Consumo das Famílias, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), bem como a diminuição do volume de vendas no varejo.

Edição: Juliana Andrade

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