Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O prédio principal do Ministério das Relações Exteriores amanheceu hoje (26) com a segurança reforçada por determinação do chanceler Antonio Patriota. Policiais militares farão a segurança externa do edifício, enquanto fuzileiros navais e agentes do próprio ministério atuarão na área interna. A ideia é impedir que o prédio seja alvo de ataques, como os ocorridos há menos de uma semana que causaram a destruição de vidraças e de alguns objetos, além de pichações.
Pelo levantamento do Itamaraty, uma parte do que foi destruído ainda não foi colocada no lugar. Mas os funcionários foram orientados a trabalhar normalmente hoje, inclusive à tarde, quando haverá o jogo do Brasil com o Uruguai pela Copa das Confederações.
No último dia 21, o Palácio Itamaraty foi atacado por pessoas que participaram de protesto na Esplanada dos Ministérios. O prédio é um dos edifícios mais bonitos e visitados da cidade. No total, foram destruídos 62 vidraças, o tampo de uma mesa e um abajur. O acervo de obras raras, existente no interior do edifício, não foi atingido.
Do lado de fora do palácio, houve mais de dez pichações, inclusive uma com a palavra corrupção, no portão da garagem do secretário-geral do ministério, embaixador Eduardo dos Santos.
O prédio do Itamaraty, conhecido também como Palácio dos Arcos, foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer. No interior do prédio, é possível admirar peças da arquitetura moderna e também obras do patrimônio nacional. Há painéis de Athos Bulcão, Rubem Valentim, Sérgio Camargo, Maria Martins e afresco de Alfredo Volpi. O paisagismo é de Roberto Burle Marx. O projeto de construção do prédio levou anos para ser concluído devido às dificuldades técnicas para atender às inovações da proposta.
O Palácio Itamaraty é formado por três edifícios: o prédio principal e os anexos 1 e 2, sendo que este último é conhecido como Bolo de Noiva. Em frente ao edifício, sobre o espelho de água que foi invadido por manifestantes, está a escultura batizada de Meteoro, de Bruno Giorgi.
Edição: Graça Adjuto
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