Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O mutirão de cirurgias do Centro de Cirurgia de Ombro e Cotovelo do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) beneficiou 101 pacientes, 25% a mais do que a previsão inicial, de 80 procedimentos. A ação, que começou na segunda-feira (20) e terminou hoje (24), se concentrou no tratamento das lesões do manguito rotador e da instabilidade do ombro.
O manguito rotador compõe um grupo de músculos e tendões que envolvem a cabeça do úmero dando mobilidade e rotação para a articulação do ombro. Quando a pessoa sofre uma lesão, os tendões podem se romper e provocar dor, fraqueza e perda da força muscular, prejudicando a movimentação do braço e, em alguns casos, até dos dedos.
O chefe do Centro de Cirurgia e Ombro e Cotovelo do Into, Martim Teixeira Monteiro, disse que o mutirão de cirurgias foi dividido em duas partes: na primeira, para atender os pacientes mais jovens, entre 20 e 30 anos, que sofreram traumas no trânsito, quedas ou lesões por prátrica de esportes, como lutas, surfe, futebol e vôlei.
"Nesses pacientes a recuperação é mais rápida. Eles ficam imobilizados por até quatro semanas, quando então serão iniciadas as sessões de fisioterapia. O tempo de recuperação é mais rápido, mas ficam fora das atividades esportivas por três meses”, explicou
O outro grupo operado foi de pessoas, com idades entre 50 e 70 anos. Por serem mais velhos, segundo o médico, o tempo de imobilização, com o braço na tipoia, dura até seis semanas, quando então passam a fazer fisioterapia. Dependendo do grau da lesão, o paciente pode levar até seis meses para estar totalmente recuperado.
O ortopedista Martim Monteiro disse ainda que a cirurgia de ombro consiste na fixação dos tendões junto à cabeça do úmero com a utilização de pequenos parafusos, chamados de âncoras, que são bioabsorvíveis.
Edição: Aécio Amado
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