Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro- A Defensoria Pública da União (DPU) no estado do Rio de Janeiro estuda entrar na Justiça com uma ação civil pública exigindo que o Instituto do Patrimônio Artístico e Histórico Nacional (Iphan) impeça a demolição do Estádio de Atletismo Célio de Barros, no entorno do Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã. Os defensores querem que o órgão federal tombe provisoriamente o Célio de Barros.
De acordo com o defensor público André Ordacgy, quando consultado sobre a demolição do estádio de atletismo e do Parque Aquático Júlio de Lamare, no bojo do projeto de reforma do entorno do Maracanã, o Iphan não se opôs. Porém, pelo valor histórico e pela importância do complexo de treinamento para esportistas e para a sociedade, o órgão federal foi questionado.
“Quando foi feita a consulta ao Iphan do Rio de Janeiro se a demolição do Célio de Barros e do parque aquático significava algum impacto em relação ao Maracanã – que é o único bem tombado no complexo esportivo - , o Iphan disse que não e autorizou a demolição”, disse Ordacgy.
Para responder ao pedido de tombamento provisório do Célio de Barros, o Iphan pediu 30 dias, justificando a elaboração de um parecer técnico. No entanto, a Defensoria Pública declarou que só concordaria com prazo se o Iphan se comprometer a evitar a demolição dos equipamentos esportivos. A defensoria deu um prazo até segunda-feira (13) para a resposta.
“Esses dois parques esportivos têm valor histórico, cultural e arquitetônico. Grandes atletas treinaram e competiram ali. O local guarda a memória do esporte nacional. Por isso, pedimos o tombamento provisório, para evitar a demolição, de forma mais rápida”, declarou. Segundo o defensor, o tombamento permanente deve demorar mais tempo.
Procurado, o Iphan no Rio de Janeiro e em Brasília não responderam à Agência Brasil.
Edição: Aécio Amado
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