Complexo do Alemão recebe unidade móvel de combate à hanseníase

07/05/2013 - 13h25

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Os moradores do Complexo do Alemão, na zona norte, que tiverem dúvidas sobre a hanseníase podem contatar voluntários do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) para receber esclarecimentos. De hoje (7) a quinta-feira (9), a Carretinha da Saúde, um veículo da organização, está estacionada atrás do Colégio Estadual Jornalista Tim Lopes e atenderá das 9h às 15h.

Também participam da campanha médicos voluntários que estão respondendo às perguntas dos moradores e fazendo exames para diagnosticar a doença, e atores, que promovem palestras e peças teatrais em escolas da comunidade, com o objetivo de combater o preconceito.

A coordenadora do projeto, Brenda Menezes, disse que o principal objetivo da ação é combater o preconceito que sofrem os portadores da doença. “Nós do Mohran queremos acabar com o preconceito, pois a doença é negligenciada por causa disso".

Segundo ela, é muito importante que o paciente procure um posto de saúde assim que surjam os primeiros sintomas. "O Mohran traz a unidade de saúde para diagnosticar os casos e encaminhar para as unidades básicas de saúde da comunidade”.

A médica voluntária, Mariana Cardoso, explicou que o principal problema para o tratamento da doença é a demora do diagnóstico. “A hanseníase é uma doença de transmissão rara, é preciso um contato prolongado - de quatro a cinco anos - para o contágio".

Mariana esclareceu que, se diagnosticada precocemente, a doença é totalmente curável. "O grande problema do diagnóstico tardio são as sequelas graves, que causam limitações físicas e mutilações”.

Segundo o Mohran, o Brasil é o primeiro lugar no ranking mundial da prevalência da doença. Em 2011, cerca de 30 mil casos foram identificados em todo o território nacional, principalmente em menores de 15 anos. A hanseníase tem cura e o tratamento é gratuito. Os medicamentos estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) e a duração do tratamento é de seis meses a um ano.

Edição: Tereza Barbosa

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