Dilma terá semana de agenda internacional com visitas dos presidentes do Egito e da Venezuela

05/05/2013 - 10h37

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A presidenta Dilma Rousseff terá uma semana intensa e com agenda internacional. Na quarta-feira (8) estará em Brasília o presidente do Egito, Mouhamed Mursi. No dia seguinte (9) será a vez do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Ambos têm reuniões com Dilma e ministros das áreas econômica e social. Como presidente da República, é a primeira vez que Maduro estará no Brasil. Também é inédita a visita de um chefe de governo egípcio ao país. Os dois governantes vivem momentos de tensão em seus países.

Mursi terá compromissos em Brasília e São Paulo. O egípcio chega ao Brasil no dia 7 e fica até o dia 9. Em Brasília, um dos interesses dele são os programas de transferência de renda que atraem a atenção dos egípcios, principalmente, pelas ações relativas ao combate à fome e à pobreza, além da distribuição da merenda escolar. Em São Paulo, Mursi e sua comitiva se reúnem com empresários de vários setores, além de conversas com a comunidade de língua árabe.
 
Mesmo com as dificuldades causadas pelos impactos da Primavera Árabe, em 2011, o Egito não reduziu o volume de comércio com o Brasil. Ao lado da Arábia Saudita, da Turquia e do Irã, o Egito está entre os principais parceiros muçulmanos do Brasil. Em 2012, o volume do comércio bilateral atingiu US$ 2,7 bilhões.

Já Maduro ficará apenas um dia no Brasil. Ele passa pelo país e pretende ir também ao Uruguai e à Argentina. O venezuelano quer agradecer o apoio que recebeu ao ser empossado presidente, no último dia 19, e reiterar a parceria com o Brasil. Tanto Dilma quanto os presidentes Cristina Kirchner (Argentina) e José Pepe Mujica (Uruguai) foram à solenidade de posse de Maduro.

A relação Brasil e Venezuela se intensificou nos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma. Também ganhou mais força com o ingresso da Venezuela no Mercosul, em dezembro de 2012. A entrada dos venezuelanos no bloco sofreu resistências do Paraguai – país que está temporariamente suspenso do grupo.

O Mercosul é formado pelo Brasil, pela Argentina, pelo Uruguai, pela Venezuela e pelo Paraguai. O Chile, o Equador, a Colômbia, o Peru e a Bolívia estão no grupo como países associados. Com os venezuelanos, o Mercosul passa a contar com Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 3,32 trilhões. A população chega a 275 milhões de habitantes.

Maduro visita o Brasil em um momento de tensão interna na Venezuela, pois a oposição rejeita os resultados das eleições e há conflitos entre os políticos governistas e oposicionistas, que chegaram a embates físicos no Parlamento venezuelano.

 

Edição: Lílian Beraldo

 

Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir as matérias é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil