Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O emissário internacional das Nações Unidas e da Liga Árabe para a Síria, o argelino Lakhdar Brahimi, pode renunciar em decorrência da ausência de acordo na região, cuja crise dura dois anos. Diplomatas estrangeiros tentam negociar com Brahimi para que permaneça na função. A oposição e o governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, reclamam da atuação de Brahimi.
Negociadores internacionais, que acompanham o processo na Síria, disseram que a decisão da Liga Árabe de reconhecer a Coligação Nacional Síria como a instância de governo legítima deve pesar sobre a decisão de Brahimi querer abandonar o cargo. Para ele, a Liga Árabe atuou de maneira independente sem consultar as Nações Unidas.
Ex-ministro argelino das Relações Exteriores, Brahimi, de 79 anos, substituiu o ex-secretário-geral das Nações Unidas Kofi Annan, em agosto de 2012. Annan renunciou ao cargo, depois de várias tentativas para buscar o fim do impasse e dos conflitos na Síria.
O governo da Rússia vetou, em três oportunidades, resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU), no Conselho de Segurança, que buscavam aumentar a pressão sobre Assad, enquanto os Estados Unidos, o Reino Unido e a França têm ampliado sua ajuda aos grupos opositores armados.
A crise na Síria é alvo de preocupações da comunidade internacional. Há denúncias de violações de direitos humanos, como assassinatos, torturas, agressões sexuais e prisões indevidas.
*Com informações da agência pública de notícias de Angola, Angop.
Edição: Graça Adjuto
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