Da Agência Lusa
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, quer "uma avaliação definitiva" sobre se o regime sírio usou armas químicas contra os rebeldes antes de tomar qualquer decisão, disse hoje (26) o porta-voz da Casa Branca.
"Estamos trabalhando para chegar a fatos críveis e confirmados", disse Jay Carney aos jornalistas.
"O presidente quer os fatos", insistiu, recusando-se a fixar um prazo para este processo. "São os fatos que devem apoiar a investigação e não uma data", avançou.
O porta-voz da Casa Branca repetiu, no entanto, a posição da administração norte-americana, indicando que todas as opções estarão em cima da mesa se for apurado que Damasco recorreu a armas químicas e ultrapassou a "linha vermelha" traçada por Obama.
Na quinta-feira (25), os Estados Unidos declararam, pela primeira vez, que a Síria teria usado armas químicas contra as forças rebeldes, mas sublinharam que as agências de informações ainda não tinham a certeza absoluta e estavam investigando mais.
O presidente norte-americano advertiu várias vezes o regime sírio para as consequências do recurso a esse tipo de armas e no dia 20 de março disse, em Israel, que isso seria "um erro grave e trágico".
As informações sobre o possível uso de armas químicas na Síria provocaram reação no Congresso norte-americano, onde muitos republicanos defendem, há algum tempo, que Obama deve adotar uma atitude mais firme em relação ao regime de Bashar Al Assad, após dois anos de sangrento conflito, que segundo números da Organização das Nações Unidas (ONU) já provocou mais de 70.000 mortes.
"O presidente dos Estados Unidos disse que se Bashar Al Assad utilizasse armas químicas isso mudaria tudo, seria ultrapassada a linha vermelha", declarou o senador republicano John McCain. "Penso que é evidente que essa linha foi ultrapassada".