Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Coreia do Norte renovou hoje (11) a ameaça de encerrar, de forma permanente, o complexo industrial de Kaesong, único projeto que une o país à Coreia do Sul. Com a iniciativa, o governo norte-coreano diz responder às políticas de "confrontação" da presidenta sul-coreana, Park Geun-Hye. No começo da semana, a Coreia do Sul começou a retirada dos 53 mil operários que trabalham para as 123 empresas sul-coreanas e a suspensão das operações no parque industrial.
A presidenta sul-coreana, Park Geun-Hye, que tomou posse há menos de dois meses, considerou a ação "decepcionante", advertindo a Coreia do Norte que medida terá grave impacto na confiança de futuros investidores.
Durante a campanha presidencial, Park Geun-Hye disse que sua intenção era adotar uma postura mais flexível no relacionamento com o Norte do que a do seu antecessor, que manteve uma política rígida em relação à Coreia do Norte.
O ministro da Defesa sul-coreano, Kim Kwan-Jin, informou que havia um plano militar de contingência para garantir a segurança dos seus trabalhadores no complexo. Segundo especialistas, a declaração dele foi interpretada como provocação pelos norte-coreanos.
Inaugurado em 2004, o parque industrial de Kaesong é o único projeto de cooperação econômica entre o Norte e o Sul. Kaesong foi escolhido para combinar a tecnologia e experiência da Coreia do Sul com a gestão a baixo custo da Coreia do Norte. O local é uma zona teoricamente desmilitarizada, mas fortemente armada e vigiada. O complexo tem um volume de negócios equivalente a cerca de 1,5 bilhão de euros.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.
Edição: Graça Adjuto
Coreia do Sul e Estados Unidos elevam nível de alerta em reação à Coreia do Norte
Coreia do Norte ameaça destruir o Japão
Fronteira entre Coreia do Norte e China é fechada a turistas
Tensão entre Coreias aumenta e comunidade internacional fica em alerta
Coreia do Sul orienta sobre movimentações suspeitas, diz embaixador do Brasil