Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, desembarca hoje (10) em Lisboa, Portugal. Em discussão, o incremento das relações econômicas e políticas entre portugueses e brasileiros. Portugal vive um momento de busca de superação dos efeitos da crise econômica internacional, que atingiu o país elevando impostos e aumentando o risco de desemprego. Durante a visita de Patriota, será discutida também a proposta de promover até o final do ano a Cúpula Brasil-Portugal para incentivar o intercâmbio em várias áreas.
Patriota ficará em Portugal até amanhã. O chanceler terá reuniões com o primeiro-ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, e o secretário executivo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), Murade Isaac Miguigy Murargy.
Em pauta, a agenda bilateral, as negociações para um acordo de associação entre o Mercosul e a União Europeia e a escolha do futuro diretor-geral da Organização Mundial do Comércio, uma vez que o Brasil disputa com um candidato próprio, o embaixador Roberto de Azevêdo. Também serão debatidos o cenário econômico global e questões de paz e segurança internacionais.
A visita de Patriota a Lisboa ocorre durante o Ano do Brasil em Portugal e do Ano de Portugal no Brasil – que começou em 7 de setembro de 2012 e vai até 10 de junho. O objetivo é atualizar a opinião pública sobre a diversidade e o dinamismo da produção cultural contemporânea nos dois países.
Para o governo do Brasil, há potencial para aprofundar a cooperação bilateral em educação, ciência, tecnologia e inovação. As universidades portuguesas são atualmente o segundo destino de bolsistas do Programa Ciência sem Fronteiras, atrás apenas das instituições norte-americanas.
O comércio entre Portugal e o Brasil tem se tornado mais equilibrado e alcançou, em 2012, o volume de US$ 2,6 bilhões. O Brasil é o sétimo maior investidor em Portugal, tendo registrado no ano passado US$ 128 milhões. É também é o quarto principal destino de investimentos diretos portugueses no exterior, tendo recebido US$ 547 milhões no mesmo período.
Edição: Graça Adjuto
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