Leandra Felipe *
Correspondente Agência Brasil/EBC
Bogotá - Após reunião entre coordenadores da campanha presidencial na Venezuela dos candidatos Nicolás Maduro e Henrique Capriles, além da Força Armada Nacional Bolivariana e o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) na tarde de hoje (4), o grupo concluiu que a falha de segurança - que permitiu que partidários da campanha de Maduro tivessem acesso às senhas das urnas eletrônicas - não põe em dúvida a credibilidade do sistema para votação presidencial de 14 de abril.
A denúncia foi apresentada na quarta-feira (3), pelo comando de Capriles ao CNE do país. O grupo reunido hoje concluiu que o incidente não afetará a segurança e credibilidade do sistema eleitoral e nem os resultados das eleições.
O chefe do comando de campanha de Henrique Capriles, Henri Falcón, explicou, durante a reunião, que a reclamação apresentada ao CNE questiona a informação de que um técnico eleitoral do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSVU) teria a senha para iniciar as urnas eletrônicas. "Foi um questionamento que fizemos ontem, mas agora vemos que a senha não compromete o segredo do voto e nem os resultados", disse Falcón.
Após a reclamação, o CNE informou em diversas entrevistas que o sistema é inviolável e em nota publicada no jornal diário El Universal o Conselho explicou que "reprogramar os equipamentos é inviável antes do dia 14 de abril", e detalhou que a senha só serve para inicializar o equipamento. "A senha é conhecida por representantes do chavismo e da oposição", disse na nota o CNE.
* Com informações da Agência Venezuelana de Notícias (AVN)
Edição: Fábio Massalli
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