Leandra Felipe *
Correspondente Agência Brasil/EBC
Bogotá - O comando da campanha eleitoral de Henrique Capriles, candidato à Presidência da Venezuela, apresentou hoje (3) ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela uma denúncia de favorecimento no tempo destinado à cobertura da campanha eleitoral do candidato do governo e presidente interino, Nicolás Maduro, para as eleições de 14 de abril. Na queixa, a campanha de Capriles disse que foram destinadas mais de sete horas de programação ao candidato governista e menos de seis minutos ao oposicionista nessa terça-feira (2), primeiro dia oficial de campanha.
Segundo Carlos Vecchio, representante da campanha de Capriles que apresentou a queixa ao CNE, houve desequilibro na cobertura da campanha nos meios de comunicação estatais. "Em 2 de abril a cobertura da campanha dos meios estatais dedicou sete horas e sete minutos à agenda de Nicolás Maduro e cinco minutos e trinta e sete segundos ao evento de Enrique Capriles", disse.
A denuncia é direcionada aos meios estatais de comunicação representados pelo Sistema Bolivariano de Comunicação e Informação (Sibci). A Sibci é formada por 14 empresas de comunicação, com TVs, rádios e agências de notícia.
Vecchio disse que as empresas que formam o Sibci entraram em cadeia para transmitir a agenda de Maduro. "Há um desbalanço informativo e o uso de recursos públicos para o fim eleitoral. Para isso foi criado o Sibci, para favorecer uma opção política oficial?", questionou Vecchio.
Os meios de comunicação estatais e privados no país noticiaram a apresentação da queixa da oposição. Os veículos do governo também disseram que Capriles não respondeu ao convite feito pelo ministro de Comunicação e Informação do país, Ernesto Villegas, para uma entrevista na emissora estatal Venezuelana de Televisão (VTV). Ainda segundo a VTV, Capriles não permitiu a participação de jornalistas do Sibci em uma entrevista coletiva concedida por ele nessa terça-feira.
* Com informações da Venezuelana de Televisão (VTV)
Edição: Fábio Massalli
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