Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação trabalha para consolidar até 2015 uma rede de integração nacional dos polos de conhecimento de diversos setores que hoje atuam estanques, especialmente nos laboratórios universitários. O desafio governamental foi apresentado hoje (2) pelo ministro Marco Antonio Raupp em audiência pública no Senado.
Segundo o ministro, a estratégia do governo é desenvolver mecanismos de cooperação com a iniciativa privada, para que as empresas utilizem os recursos de pesquisa e conhecimento do setor público.
Ao mesmo tempo, a rede de integração viabilizará o acesso de pesquisadores de todas as regiões aos trabalhos já desenvolvidos isoladamente. O objetivo do ministério é incentivar esse intercâmbio para a implementação de parcerias público-privadas (PPPs), especialmente em setores como desenvolvimento tecnológico, biotecnologia e nanotecnologia.
A contrapartida é que parte dos recursos deve sair das empresas, que também ficariam responsáveis pela qualificação profissional. Os projetos de desenvolvimento apresentados pelos empresários seriam analisados por um grupo de trabalho interministerial com a participação de representantes da iniciativa privada.
"Hoje em dia, existe um sentimento nos laboratórios de que eles [pesquisadores] trabalham para ninguém. É importante que as empresas busquem parcerias com essas fontes públicas”, disse Marco Antonio Raupp.
De acordo com o ministro, as empresas parceiras terão juros subsidiados e subvenções econômicas, inclusive a fundo perdido. A principal fonte de financiamento será o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Edição: Davi Oliveira
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