Dilma defende articulação entre pesquisa científica e segmento empresarial como impulso para economia

18/12/2012 - 12h37

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A presidenta Dilma Rousseff defendeu hoje (18) a articulação entre a pesquisa científica no país e o segmento empresarial como forma de impulsionar a inovação e ampliar a competitividade da economia. A declaração foi feita durante a premiação dos vencedores do 26° Prêmio Jovem Cientista.

“Sabemos que o Brasil tem grande potencial para produzir conteúdo científico, tecnológico e de inovação. Temos pesquisadores e cientistas qualificados, temos que articular nossas pesquisas com o mundo empresarial”, destacou a presidenta. "Vamos investir cada vez mais em educação, em ciência e tecnologia, e estimular ações inovadoras", completou.

Nesta edição foram inscritos 2.070 projetos, sendo 1.768 na categoria ensino médio. As linhas de pesquisa deste ano abordaram questões ligadas à gestão esportiva como tecnologias da informação aplicadas ao esporte, design de vestuário esportivo, inovações em nutrição para atletas e recursos tecnológicos para diagnóstico e tratamento de lesões esportivas. O tema foi escolhido devido à Copa do Mundo de 2014 e às Olimpíadas de 2016, eventos que o Brasil se prepara para receber. Os premiados estão nas categorias Graduado, Estudante de Ensino Superior e de Ensino Médio.

A presidenta lembrou que as pesquisas desenvolvidas poderão ser usadas em benefício do país durante os grandes eventos. “Sem sombra de dúvidas, no mundo, tanto o esporte de alto desempenho quanto a indústria do esporte necessitam da ciência e desenvolvimento tecnológico para dar seus passos. Nenhum país que conseguiu dar grandes passos nos seus jogos abriu mão da ciência e tecnologia.”

Primeiro lugar na categoria Graduado, Rodrigo Gonçalves, da Universidade de São Paulo, desenvolveu a pesquisa Avanços em Genômica para Diagnósticos Moleculares no Esporte. Na categoria Estudante de Ensino Superior, a pesquisa desenvolvida por Priscila Ariane, da Universidade do Estado de Minas Gerais foi a vencedora. Ela pesquisou um material a ser usado em roupas para proteger atletas de aumento e queda bruscas de temperatura.

Na categoria Ensino Médio, o prêmio, que existe há 30 anos, foi para João Pedro Vital do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O estudante criou um aplicativo de celular para selecionar músicas de forma a estimular corredores a acelerar ou diminuir o ritmo.

Ao participar da entrega do prêmio, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, destacou a importância de estimular os jovens a se envolverem com a ciência e a inovação como forma de impulsionar o desenvolvimento do país. “Nos últimos anos, o Brasil optou por um modelo de desenvolvimento que exige cada vez mais da ciência. Para o crescimento econômico, a ciência é fundamental pois constitui bases para o desenvolvimento tecnológico. Ela é aliada indispensável para o desenvolvimento social, por exemplo, na educação”, disse.

Cada categoria premiou três projetos. Os graduados e estudantes de ensino superior recebem premiação em dinheiro e os estudantes de ensino médio ganham um computador. A premiação inclui também bolsas de pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Há ainda as categorias menção honrosa que reconheceu um pesquisador, e o mérito institucional que premiou duas instituições de ensino. A lista completa dos premiados está no site www.jovencientista.org.br.

Edição: Talita Cavalcante