Brasília – Uma multidão formada por militantes, organizações de direitos humanos e famílias acompanhadas por crianças pequenas se reúne no cenário montado na Praça de Maio, em Buenos Aires, capital da Argentina, onde está sendo realizado o ato de comemoração ao Dia da Memória, da Verdade e da Justiça, depois de 37 anos do golpe cívico militar de 24 de março de 1976.
São exibidos na praça bandeiras e cartazes de partidos políticos e organizações de direitos humanos, e a partir do início da tarde, começaram espetáculos musicais. O cenário é decorado com faixas com o lema da jornada, "Por uma Justiça Democrática, Basta de Corporativismo Judicial!", e com a legenda "30.000 companheiros desaparecidos presentes agora e sempre".
Depois das 15h30, começaram a chegar pela Avenida de Maio os grupos mais numerosos para ocupar a Praça de Maio. Inicialmente, o grupo político La Cámpora e em seguida o grupo das Avós e Mães da Praça de Maio, para logo se somarem diferentes e numerosos agrupamentos que também integram a frente partidária Unidos e Organizados.
Enquanto isso, na praça e nos edifícios ao redor, são exibidas bandeiras da Corrente Peronista Federal, da Frente Transversal, da Kolina, da Organização Corrente Peronista Descamisados e Segundo Centenário.
A organização A Poderosa colocou uma grande quantidade de cartazes, bandeiras e balões nas entradas de ambientes subterrâneos da praça, na Avenida de Maio e em frente à Catedral. Os cartazes trazem a legenda "Basta de corporações judiciais" e imagens de genocidas como Jorge Rafael Videla e Emilio Massera.
O grupo das mães, como habitual, traz uma grande bandeira com o retrato dos desaparecidos na última ditadura, em uma comovedora cena que é acompanhada por crianças e famílias que se somam para segurar a lona de cor azul.