Renata Giraldi
Enviada Especial da Agência Brasil/EBC
Vaticano – Dirigindo-se aos fiéis como “irmãos”, o papa Francisco apelou hoje (18) para que as pessoas aprendam a perdoar, a exemplo de Deus e Jesus Cristo. O papa disse ter aprendido com uma senhora de idade avançada, em Buenos Aires, a sabedoria da vida: se Deus não perdoasse a tudo, simplesmente o mundo não existiria. Francisco celebrou, pela primeira vez, a Hora do Angelus, ao meio-dia (8h de Brasília), na Praça São Pedro.
Como exemplo de perdão, o papa Francisco citou a passagem bíblica em que Jesus Cristo salva a mulher adúltera da morte. Francisco ressaltou que, no lugar do desprezo, é preciso sentir amor. “Não devemos sentir desprezo, mas amor. A paciência que há da sua misericórdia. Deus não se cansa de perdoar”, disse o papa.
Francisco relatou, então, o episódio que viveu há 11 anos, com a anciã que lhe falou em perdão. “'Se o Senhor não perdoasse a tudo, o mundo não existiria', disse a senhora para mim”, contou. “Pensei: 'ela tem a sabedoria dos gregorianos, de quem estuda a essência do Espírito Santo'”.
Em seguida, o papa acrescentou que: “Deus não se cansa de esperar. Ele não se cansa de perdoar, mas a gente não se cansa de pedir perdão”. Francisco rezou a missa em italiano e saudou a todos, lembrando que havia pessoas, na Praça São Pedro, que vieram de várias partes do mundo.
“É uma praça que tem a dimensão do mundo”, ressaltou para a multidão de pessoas que se aglomeravam para assistir à primeira oração do Angelus proferida por ele. O Angelus é uma oração antiga que faz referência à anunciação do anjo Gabriel a Maria, de que ela iria conceber o filho de Deus, segundo consta no Evangelho de Lucas.
Francisco destacou ainda que, para mudar o mundo, é preciso sentir a misericórdia, o que possibilitará um planeta mais humano.
“Sentir misericordia é pensar em mudar o mundo. Um pouco de misericórdia rende um mundo menos frio e mais justo. É bela a misericórdia”, destacou o papa. Ele rezou a oração da Ave-Maria e, depois, abençoou a todos. “Estendo meu abraço a todos que vieram de várias partes da Itália e do mundo.”
Edição: Lana Cristina