Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O município de Niterói, na região metropolitana do Rio, é a 36ª cidade fluminense a enfrentar uma epidemia de dengue. Para combater a doença, a prefeitura convocou a formação do Comitê Intersetorial de Governo com representantes das secretarias de Saúde, do Meio Ambiente, de Obras, da Educação e até da Fazenda para conseguir notificar proprietários de residências fechadas para que a Secretaria de Saúde, com apoio da Vigilância Sanitária, possa entrar nessas casas para combater focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.
De acordo com o secretário municipal de Saúde, Chico D'ângelo, somente ontem (16) foram vistoriadas cerca de mil residências em Itaipu, na região oceânica, bairro com a maior incidência de casos, com a finalidade de aplicar larvicida em possíveis focos do mosquito.
"Em 2011 e 2012 também ocorreu epidemia [de dengue] na cidade, em menor proporção. Esta epidemia é do nível 4, uma vez que os níveis 1, 2, e 3 do vírus tinham circulado pelo município, o que significa dizer que uma parcela grande da população ainda não está imunizada, pois é um vírus novo", explicou.
Chico D'Ângelo disse que a prefeitura dobrou para dez o número de centros de hidratação em policlínicas, unidades básicas e nos postos do Programa Médico de Família. O secretário disse que passou a usar também três carros fumacê, com o uso de larvicidas para combate à doença. Mas, segundo o secretário, o fumacê tem algumas limitações ambientais para o seu uso.
"Contratamos mais profissionais de saúde para esses centros de hidratação que estão funcionando nos sábados e domingos inclusive, para atendimento aos pacientes picados pelo mosquito da dengue. Estamos convocando a população, fazendo panfletagem em toda a cidade para mobilizar as pessoas, já que esse mosquito é de hábito domiciliar e, sem a participação efetiva da população, limita muito o êxito do Poder Público no enfrentamento ao mosquito", disse.
O secretário disse que o Plano de Combate à Dengue teve de ser completamente refeito em 40 dias, porque o apresentado pela gestão anterior foi rejeitado pelo governo do estado. "Só assim conseguimos repasse de verbas estaduais". Para o próximo sábado (23) está programado um grande mutirão, nos bairros de Santa Rosa e Largo da Batalha, onde é grande a concentração do número de casos da doença.
Os números referentes aos meses de janeiro e fevereiro deste ano totalizam 1.633 casos. No mesmo período do ano passado, foram notificados 960 casos. Niterói não teve registro de óbito relacionado à doença desde o início do ano.
Edição: Fábio Massalli
Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. É necessário apenas dar crédito à Agência Brasil