Mariana Branco
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Representantes do setor têxtil estiveram hoje (31) com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, discutindo um regime tributário diferenciado para a área. Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Aguinaldo Diniz Filho, os empresários pleiteiam ampla redução de tributos federais para o segmento das confecções.
Na segunda-feira (28), durante o Encontro Nacional com Novos Prefeitos e Prefeitas, Pimentel havia anunciado a intenção do governo de lançar estímulo nos moldes do Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores (Inovar-Auto) para outros setores da indústria.
De acordo com o presidente da Abit, tanto a indústria têxtil quanto as confecções foram beneficiadas com a desoneração da folha de pagamento, que é a substituição da incidência de 20% do INSS por 1% sobre o faturamento da empresa. No entanto, seria necessário desonerar ainda mais, argumenta. O empresário disse que o setor concluiu um estudo, o Regime Tributário Competitivo para Confecção (RTCC), que será apresentado em breve ao ministro.
Além da desoneração, foi discutida na reunião a questão da salvaguarda (proteção contra a importação de um ou mais produtos) para o setor de vestuários. A Abit entrou com pedido de salvaguarda no ano passado junto ao Ministério da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Exterior (MDIC). Segundo informações da associação, o setor têxtil emprega 1,7 milhão de trabalhadores e, no ano passado, investiu US$ 2,2 bilhões, pagando R$ 23 bilhões em salários.
Edição: Davi Oliveira // Matéria alterada às 18h18 no último parágrafo para informar que o número de 1,7 milhão de empregos refere-se ao total do setor e não aos que foram criados no ano passado
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