Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A crise no Mali (África), que envolve confrontos entre forças oficiais de segurança e grupos extremistas islâmicos, e o sequestro coletivo na Argélia (África) levaram autoridades estrangeiras a interromper as viagens ao exterior. O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, e o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague, decidiram manter suas agendas internas.
“Abe vai cancelar todos os encontros oficiais, à exceção do encontro com o presidente da Indonésia [Susilo Bambang Yudhoyono], para acompanhar a situação dos reféns na Argélia”, informou o porta-voz do gabinete do primeiro-ministro do Japão, Hiroshige Seko.
Em viagem à Austrália, Hage antencipou seu retorno a Londres para acompanhar a crise, em meio ao agravamento provocado pelo sequestro de 40 pessoas, inclusive britânicos e japoneses, por um grupo extremista islâmico. Informações indicam que pelo menos um britânico foi morto ontem (17).
O grupo extremista, cujas traduções do nome variam entre Assinantes pelo Sangue, Luta contra o Sangue e Capuzes, comandado pelo argelino Mokhtar Belmokhtar, expulso da Al Qaeda do Magrebe Islâmico, assumiu a autoria do sequestro coletivo. O grupo extremista disse ter agido em reação à ação militar da França no Mali, com o envio de militares para ajudar o governo do país africano.
Os reféns foram capturados em uma base para trabalhadores, que faz parte do conjunto de empresas Sonatrach-BP-Statoil, In Amenas, a 1.300 quilômetros da fronteira da Argélia com a Líbia.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.
Edição: Graça Adjuto