Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A crise no Mali (África) deve se acentuar nos próximos dias com a chegada de cerca de 2 mil militares de países africanos à capital do país, Bamako. Os militares integrarão as tropas da França que combatem os militantes de grupos extremistas islâmicos e apoiam a ação do governo do Mali. Ontem (16), turistas estrangeiros foram sequestrados, supostamente por radicais islâmicos, na Argélia, em reação à ação francesa no Mali.
As forças francesas e do governo do Mali buscarão conter a ação dos grupos radicais islâmicos que ocupam o Norte do país. Desde a semana passada, a França iniciou uma ofensiva militar contra os extremistas.
Os oficiais do Exército de diferentes países africanos reuniram-se hoje (17) em Bamako, para estudar a ação de mais de 3,3 mil militares que reforçarão a ação dos franceses no Mali. “A urgência exige que tudo seja acelerado”, diz o documento final da reunião dos comandantes militares. O comandante do Exército do Mali, Abdoulaye Diakité, confirmou as ações.
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, ressaltou que as ações no Mali exigem o apoio da comunidade internacional. "Não acho que a guerra no Mali seja francesa, mas deve haver um esforço internacional", disse. Segundo Panetta, o objetivo é possibilitar que as forças africanas assumam o controle sobre o território.
Em dezembro, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou, por unanimidade, o envio de uma força militar com liderança africana para o Mali, para apoiar as ações do Exército.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.
Edição: Graça Adjuto