Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A previsão é que até amanhã (17) os primeiros militares da Nigéria, que integram tropas de vários países africanos, cheguem ao Mali (África). Ontem (15), o Ministério da Defesa da Nigéria estimou em 24 horas a chegada dos militares. A Nigéria vai enviar 900 homens – 300 a mais do que o previsto inicialmente – para ajudar na ofensiva liderada pelo governo da França contra os extremistas islâmicos, que ocupam o Norte do país.
No total, as tropas africanas deverão reunir 3,3 mil militares e serão comandas pelo general nigeriano Shehu Abdulkadir. Os governos de Chade, Burkina Faso, Benim, Níger e Senegal informaram que enviarão homens para a missão no Mali. Os países integram a Comunidade Europeia de Estados da África Ocidental.
O ministro das Relações Exteriores da Tunísia, Rafik Abdelassem, disse que se opõe a qualquer intervenção de países não africanos no Mali. Segundo ele, qualquer ação deve ser coordenada em "um quadro africano". A reação é uma resposta a uma eventual ação de apoio de europeus e norte-americanos às tropas francesas.
Ontem (15) o governo da França anunciou que irá triplicar o número de militares no Mali para prosseguir as operações militares contra os extremistas. O avanço deles é observado com receio pelos países vizinhos, que temem que a região se torne um refúgio para integrantes da rede terrorista Al Qaeda e grupos de criminosos.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.
Edição: Talita Cavalcante