Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Criado com o objetivo de integrar órgãos de segurança e forças policiais para proteger as fronteiras brasileiras contra o narcotráfico, contrabando de armas, roubo de animais e outros crimes, o Plano Estratégico de Fronteiras trouxe resultados “impressionantes”, de acordo com os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, da Defesa, Celso Amorim, e o vice-presidente Michel Temer.
De acordo com dados do governo federal – entre junho de 2011, quando o plano foi lançado, até novembro deste ano –, foram desarticuladas 42 organizações criminosas. Em relação ao período anterior (de janeiro de 2010 a maio de 2011), foram presas 20.737 pessoas em flagrante, o que equivale a um aumento de 701,5%. Além disso, foram apreendidas 2.235 armas de fogo (aumento de 496%), 280.785 munições (347%) e 350 toneladas de drogas (329%), 9.545 veículos (295%) e o equivalente a mais de R$ 12 milhões em dinheiro.
“Os números são impressionantes não só porque dizem respeito ao combate ao crime transfronteiriço, com integração das nossas Forças, mas também porque resultaram em uma integração do nosso país com países vizinhos, por meio de acordos internacionais, que também colaboraram intensamente”, disse Temer durante encontro em seu gabinete.
Entre os acordos, o Brasil repassou à Bolívia três helicópteros para atuação na fronteira. O vice-presidente disse que o plano também teve uma função cívica e social ao chegar a lugares isolados. No total, 29.482 atendimentos médicos e 18.304 odontológicos foram feitos. Além disso, 9 mil pessoas foram vacinadas e 195.241 medicamentos, entregues.
O ministro da Justiça disse que, nos próximos dias, a presidenta Dilma Rousseff assinará um decreto que guairá a ação integrada das policias militares, federais e estaduais em grandes eventos. “Na verdade, teremos as duas linhas de trabalho preservadas na atuação nos grandes eventos, com um órgão coordenador formado pelo ministro da Defesa, o ministro da Justiça e a da Casa Civil [Gleisi Hoffmann], com o apoio do Gabinete de Segurança Institucional, que coordenará as atividades e terá as respectivas linhas de comando respeitadas, mas atuando com planejamento integrado”, disse Cardozo.
O ministro da Defesa disse que, para a Copa das Confederações, programada para junho de 2013, está sendo planejada uma operação especial, além da que é feita no plano estratégico de fronteiras. Ele estima que cerca de 20 mil militares devam participar da operação de inteligência. “A ideia é fazer isso em algum momento um pouco antes da Copa das Confederações, o que nos permitirá evitar a entrada de vários tipos de criminosos.”
Edição: Talita Cavalcante