Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O déficit em transações correntes, saldo negativo das compras e vendas de mercadorias e serviços do Brasil, chegou a US$ 6,265 bilhões, em novembro, e acumulou US$ 45,819 bilhões nos 11 meses do anos. Os dados foram divulgados hoje (18) pelo Banco Central (BC). Nos mesmos períodos do ano passado, os saldos negativos eram US$ 6,640 bilhões e US$ 46,472 bilhões, respectivamente. O BC revisou a projeção para o déficit em transações correntes este ano de US$ 53 bilhões para US$ 52,5 bilhões. Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, a estimativa para o déficit em transações correntes passou de 2,32% para 2,33%.
Um dos itens da conta-corrente é a balança de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos, seguros e outros), que registrou déficit de US$ 3,237 bilhões, em novembro, e de US$ 36,714 bilhões, nos 11 meses do ano.
A conta de rendas (remessas de lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários) apresentou resultado negativo de US$ 3,007 bilhões, no mês passado, e US$ 28,904 bilhões, de janeiro a novembro deste ano.
A balança comercial, formada por exportações e importações, registrou saldo negativo de US$ 187 milhões, no mês passado. Nos 11 meses do ano, o superávit comercial chegou a US$ 17,197 bilhões.
As transferências unilaterais correntes (doações e remessas de dólares que o país faz para o exterior ou recebe de outros países, sem contrapartida de serviços ou bens) tiveram ingresso líquido de US$ 166 milhões, em novembro, e US$ 2,602 bilhões, de janeiro até o mês passado.
Os dados do BC também mostram que o investimento estrangeiro direto (IED), que vai para o setor produtivo da economia, foi suficiente para cobrir o déficit em transações correntes, no acumulado do ano, ao chegar a US$ 59,893 bilhões. Em novembro, esses investimentos foram inferiores ao saldo negativo das contas externas, ao ficar em US$ 4,587 bilhões. A nova projeção do BC para o IED este ano é US$ 63 bilhões, contra US$ 60 bilhões previstos anteriormente.
Edição: Juliana Andrade