Da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Diante das reclamações de passageiros e o aumento do número de turistas na cidade por causa das festas de fim de ano, a Secretaria Municipal de Transportes do Rio de Janeiro iniciou hoje (12) a Operação Táxi Legal, com o objetivo de melhorar a prestação do serviço. A primeira ação foi feita na Rodoviária Novo Rio, na zona portuária, uma das principais portas de entrada da cidade. Na blitz, 47 táxis foram vistoriados, 14 foram lacrados e três, rebocados, sendo um deles um táxi pirata sem permissão e com a pintura adulterada, segundo informações divulgadas pela secretaria.
O dono do táxi pirata apresentou aos agentes uma autorização falsa de trabalho falsa. O motorista foi detido em flagrante pelo exercício ilegal da profissão e levado à delegacia. Funcionários da secretaria, com o auxílio de policiais militares e guardas municipais, fiscalizaram a documentação dos motoristas e referente aos veículos, além de verificar o estado de conservação dos carros e conferir os taxímetros. Em caso de constatação de irregularidade, o condutor é punido e o veículo pode ser lacrado ou apreendido conforme a gravidade da infração. A maioria das irregularidades é mau estado de conservação dos carros, documentos desatualizados e falta de autorização para exercer a atividade.
De acordo com o secretário de Transportes, Carlos Roberto Osório, a operação é para acabar com a cobrança abusiva chamada “tiro”, adotada por alguns taxistas, principalmente na rodoviária, nos aeroportos e locais com grandes eventos. A prática consiste na cobrança de um preço definido da corrida em vez do indicado pelo taxímetro, o que é considerada extorsão. O motorista flagrado pode ter a licença cassada.
Ainda segundo Osório, a operação será permanente e itinerante. “A operação é para garantir a boa prestação do serviço de táxi àquele que chega à cidade do Rio de Janeiro, sejam turistas ou cariocas regressando de viagens. A rodoviária é um ponto que tradicionalmente apresenta problemas em relação ao serviço de táxi e têm muitas reclamações”, explicou. A Operação Táxi Legal ocorrerá ainda hoje em outro ponto da cidade, não divulgado pela secretaria.
O taxista José Carlos Ferreira dos Santos, 67 anos, teve o carro lacrado por estar sem a permissão legal de trabalho. Taxista há 42 anos, ele reclamou da falta informação sobre o processo para conseguir a documentação. “Se eles dessem informação para a gente nós saberíamos o que fazer. Eu pensei que estava legal, mas não estava. Agora vou ter que ir até a secretaria para legalizar e se tiver que pagar multa, eu pago”, contou.
A autônoma Eloísa Ribeiro, que está no Rio visitando a família, elogiou a iniciativa. Ela relatou ter sido vítima de cobrança abusiva de tarifa por um taxista. “Isso vai ajudar a gente a não passar mais por esta situação. Acredito que essa prática vai diminuir por causa da operação”, disse a autônoma, que mora no Espírito Santo.
Edição: Carolina Pimentel