Luciene Cruz, Luana Lourenço e Mariana Jungmann
Repórteres da Agência Brasil
Brasília – Uma multidão aguardava para prestar as últimas homenagens, quando, às 16h40, o público foi liberado para participar do velório do arquiteto Oscar Niemeyer. Uma fila foi formada na Praça dos Três Poderes até a rampa de acesso ao Salão Nobre do Palácio do Planalto, onde ocorre a solenidade póstuma. A sede do governo federal foi projetada pelo próprio arquiteto. Segundo a Polícia Militar, cerca de 2 mil pessoas já passaram pelo velório. Como as filas continuam extensas, caso a procura siga o mesmo ritmo, o número pode chegar a 5 mil.
Com lágrimas, cartazes e gestos, o público quer demonstrar a admiração pelo gênio da arquitetura. A estudante de arquitetura Luiza Solano, 21 anos, não segurou o choro. Nas mãos, um cartaz com uma frase dita por Niemeyer: “A gente tem que sonhar, se não as coisas não acontecem”.
“É uma perda profissional e artística muito grande. Foi o talento dele que fez eu tomar a decisão de seguir a mesma profissão. Ele se foi, mas não morre no coração de cada arquiteto que o admirou pelo seu legado artístico”, comentou.
A geógrafa Rosemaria Godinho saiu de Montes Claros (MG) e enfrentou cerca de 700 quilômetros de estrada para se despedir do arquiteto. “Vale a pena enfrentar sol, espera e distância para dar o último adeus a Oscar Niemeyer que deixou obras no Brasil e no mundo”, disse. A fã espera ainda que os novos profissionais da área continuem o legado do “mestre Niemeyer”. “Espero que novos arquitetos continuem sua obra”, acrescentou.
O encerramento do velório no Palácio do Planalto está previsto às 20h. Por volta das 21h, o corpo segue para o Rio de Janeiro, no avião da Presidência da República. Uma nova solenidade póstuma aberta ao público ocorrerá amanhã (7). O enterro será às 17h30, no Cemitério São João Batista.
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Edição: Carolina Pimentel
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