Gabriel Palma
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) aprovou hoje (5) o frevo, expressão artística do carnaval do Recife, como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. O reconhecimento ocorreu durante a 7ª Sessão do Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, na sede da Unesco, em Paris, na França.
Em 2007, o frevo já havia sido declarado como Patrimônio Imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
“A capacidade de promover a criatividade humana e o respeito pela diversidade cultural é inerente ao frevo e a sua inscrição na Lista Representativa fortalece a apreciação do espírito criativo da humanidade, graças a sua abertura a diversos indivíduos e comunidades. A inscrição reconhece também as medidas para salvaguardar essa manifestação, como a documentação e as atividades educacionais e de promoção”, conforme informações publicadas no site da representação da Unesco no Brasil.
Após a aprovação, a ministra da Cultura, Marta Suplicy, agradeceu e destacou a importância da inclusão do frevo na lista da Unesco, que acompanhou a decisão. O frevo é um gênero musical e de coreografia que surgiu no final do século 19 no Recife e em Olinda, em Pernambuco. É a mistura de gêneros musicais, danças, capoeira e artesanato, em “uma das mais ricas expressões da inventividade e capacidade de realização popular na cultura brasileira”.
A relação do Patrimônio Cultural Imaterial se refere às tradições, práticas, aos rituais, conhecimentos e às obras que integram a identidade e coesão social dos povos e comunidades, transmitidos por várias gerações. Anualmente é elaborada uma lista. O objetivo é proteger esse patrimônio, mantendo-o vivo e seguro, por intermédio da educação entre as comunidades.
Atualmente, a lista reúne 232 elementos de 86 países. Há ainda uma relação com 27 elementos de 15 países que se refere aos projetos que precisam de salvaguardas urgentes e do apoio da Unesco.
Edição: Carolina Pimentel