Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O enviado especial das Nações Unidas e da Liga Árabe à Síria, Lakhdar Brahimi, está em Moscou, na Rússia, para analisar a crise na Síria, que está prestes a completar 20 meses e matou mais de 33 mil pessoas. Brahimi discute a violação ao cessar-fogo, negociado com o governo e a oposição. Os governos da Rússia, da China e do Irã são os principais aliados do presidente sírio, Bashar Al Assad.
A organização não governamental (ONG) Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) informou que aviões do Exército bombardearam Damasco hoje (29), no terceiro dia desde a declaração da trégua, nos bairros de Zamalka, Irbin e Harasta. Segundo a ONG, mais de 100 pessoas morreram no sábado (27), no segundo dia do cessar-fogo entre as forças governamentais e os rebeldes da Síria.
Brahimi se reunirá com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov. Em diálogos anteriores, o chanceler pediu a Brahimi que tente negociar com a oposição síria a renúncia à luta armada e a busca de um acordo com Assad. O porta-voz do ministério, Alexander Lukashevich, informou que ambos discutirão "medidas práticas para a resolução do conflito na Síria".
Para o governo russo, o plano de resolução do conflito deve ser baseado em cessar-fogo permanente para permitir a criação de um governo de transição, que inclua membros do governo e da oposição armada.
As autoridades da Rússia criticaram alguns governos do Ocidente por não pressionar o Conselho de Segurança das Nações Unidas pela explosão de um carro-bomba pela oposição síria. Os russos acusam integrantes do Ocidente de estimular os confrontos na região.
*Com informações da agência pública de notícias da Argentina, Telam.
Edição: Graça Adjuto