Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O corpo clínico do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), na zona norte da capital fluminense, decidiu em reunião nessa segunda-feira (29), junto com representantes do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) e do Sindicato dos Médicos (SinMed), pelo fechamento temporário da emergência da unidade que funciona provisoriamente em contêineres instalados em uma área próxima do estacionamento do hospital.
A partir da próxima segunda-feira (5), não haverá atendimento, até que a emergência esteja em condições de receber pacientes de forma digna, apenas os pacientes de maior gravidade serão atendidos.
A falta de estrutura e os constantes problemas, como a insalubridade e a superlotação do local, levou o corpo clínico a suspender o atendimento. “A população deve ser amparada por um sistema de saúde de qualidade”, disse a presidenta do Cremerj, Márcia Rosa de Araujo.
O conselho entregou um relatório ao Ministério Público Federal (MPF) relatando as dificuldades enfrentadas tanto pelos médicos como pela população. A diretoria do Cremerj se reuniu na última quinta-feira (25) com representantes das secretarias estadual e municipal de Saúde e do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro, que assumiram o compromisso de regular os pacientes da emergência do Hospital de Bonsucesso para outros hospitais federais, com monitoração do acolhimento por classificação de risco.
As obras no prédio onde funcionava a emergência, que deveriam ser finalizadas em quatro meses, estão paradas. Nessa segunda-feira, a Polícia Federal do Rio abriu inquérito para apurar irregularidades no uso da verba pública federal, como peculato e fraude em licitação, nas obras no setor de emergência do Hospital Federal de Bonsucesso.
De acordo com o titular da Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros e Recursos Públicos( Delefin), Victor Poubel, serão ouvidos o diretor do HFB e os responsáveis pelo setor de engenharia da Comissão de Controle de Infecção unidae.
Edição: Aécio Amado