Brasília - A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar este ano em 5,43%, o que representa um leve aumento de 0,01 ponto percentual em relação à estimativa anterior. É a 14ª vez seguida que a estimativa de analistas do mercado financeiro para esse índice sobe.
Em 2013, a expectativa é que o IPCA fique em 5,42%, contra 5,44% previstos na semana passada. É a terceira redução consecutiva na projeção para o índice. Essas informações constam do boletim Focus, publicação semanal elaborada pelo Banco Central (BC) com base em estimativas para indicadores econômicos feitas por instituições financeiras.
As projeções para o IPCA estão acima do centro da meta, 4,5%, mas abaixo do limite superior de 6,5%. Cabe ao BC perseguir a meta de inflação.
Com a economia em ritmo mais lento, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC iniciou em agosto do ano passado processo de redução da taxa básica de juros, a Selic. Atualmente, a taxa está no menor nível histórico, 7,25% ao ano.
A Selic menor estimula a atividade econômica, que, na expectativa do BC, deve ganhar impulso no semestre e em 2013. Mas, com isso, a inflação ficará acima do centro da meta.
Depois do último corte na Selic, na semana passada, os analistas esperam por manutenção da taxa no atual patamar na última reunião do ano do Copom, marcada para os dias 27 e 28 de novembro. Em 2013, entretanto, eles esperam que a Selic encerre o período em 8% ao ano.
O boletim Focus traz também estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), mantida em 4,48%, em 2012, e em 4,91%, em 2013.
A estimativa para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) foi ajustada de 8,74% para 8,81%, este ano, e de 5,38% para 5,32%, em 2013. Para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), a projeção foi alterada de 8,6% para 8,49%, este ano, e foi ajustada de 5,25% para 5,18%, no próximo ano.
A expectativa dos analistas para os preços administrados passou de 3,5% para 3,45%, este ano, e de 4% para 3,5%, em 2013.
Edição: Juliana Andrade